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Rebranding sem crise: Como planejar uma transição suave

Por Irine Bueno 15/04/2025
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Se você trabalha com marcas, seja como empreendedor, gestor ou profissional de marketing, provavelmente já se deparou com aquele momento em que algo precisa mudar. Ou seja, é hora de começar o rebranding do negócio.


Pode ser que a identidade visual já não converse mais com o público, o posicionamento pareça ultrapassado, ou simplesmente a empresa tenha crescido e precise mostrar isso para o mundo.


Mas calma, o rebranding envolve muito mais do que trocar o logo ou repaginar o site. É sobre repensar a essência da marca, como ela se comunica, se conecta com o público e se posiciona no mercado.


A boa notícia? Com planejamento estratégico e uma execução bem alinhada, o rebranding pode ser uma virada poderosa e sem crise - e é exatamente isso que vamos te mostrar ao longo deste artigo.

Quando e por que uma marca deve considerar um rebranding

Saber o momento certo de fazer um rebranding é tão importante quanto o próprio processo em si. E não, essa decisão não deve partir apenas de um “achismo” ou de uma vontade momentânea de mudar a estética da marca.


Ele precisa nascer de uma necessidade real, geralmente provocada por mudanças internas ou externas que pedem uma nova forma de se posicionar no mercado.

Mudanças no mercado e no público-alvo

O mercado muda o tempo todo. Novas gerações chegam com comportamentos diferentes, valores mais claros e uma exigência maior em relação às marcas com as quais se relacionam.


Se a sua marca sente que está perdendo conexão com seu público-alvo ou que o perfil do consumidor mudou ao longo dos anos, é hora de repensar sua identidade. Um rebranding bem estruturado pode ser a ponte entre o que sua marca é hoje e o que o novo público espera dela.

Envelhecimento da marca ou estagnação

Sabe aquela marca que ficou anos sem se atualizar e, aos poucos, foi perdendo relevância? Isso é mais comum do que parece.


Toda identidade visual, narrativa e posicionamento têm um ciclo de vida. Quando esses elementos já não geram impacto ou não refletem mais a essência da empresa, o rebranding entra como uma oportunidade de rejuvenescer, se destacar e mostrar ao mercado que a marca está viva, atenta e em movimento.

Expansão e diversificação

Outro cenário clássico para considerar o rebranding é quando a marca está crescendo. Seja para entrar em novos mercados, alcançar novos públicos ou lançar uma linha de produtos que foge do escopo original, é fundamental alinhar a identidade à nova fase.


O rebranding aqui funciona como um reposicionamento estratégico, capaz de abrir portas, fortalecer a autoridade da marca e garantir coerência em todos os pontos de contato com o consumidor.

Como comunicar a mudança sem perder a base de clientes

Se a sua marca precisou - ou escolheu - passar por um rebranding, a forma como essa transição é comunicada faz toda a diferença. Afinal, de nada adianta construir uma nova identidade se o público não entender (ou pior, rejeitar) a mudança.


A lealdade dos clientes, que foi conquistada ao longo do tempo, deve ser protegida e, com uma comunicação estratégica, pode até se fortalecer nesse processo.

Transparência e antecedência são a chave

O primeiro passo é ser transparente. O público valoriza marcas autênticas e verdadeiras, então não esconda o que está acontecendo. Compartilhe, com clareza, os motivos que levaram ao rebranding: pode ser crescimento, expansão, necessidade de modernização, mudança de público ou qualquer outro fator relevante.


E o mais importante: comunique tudo isso antes da mudança se concretizar. Isso mostra respeito, gera confiança e prepara emocionalmente os clientes para o que está por vir.

Envolva o cliente na jornada

Uma das formas mais eficazes de tornar o rebranding mais leve e até empolgante é convidar o público para fazer parte do processo. Pesquisas, enquetes nas redes sociais, caixinhas de perguntas e até concursos criativos são formas simples e valiosas de ouvir quem já está com você.


Esse envolvimento não só gera engajamento, como fortalece o vínculo com a marca e reduz possíveis resistências.

Mude sem abandonar suas raízes

Durante o rebranding, é fundamental reforçar que a essência da marca continua a mesma. Os valores, a missão e o cuidado com o cliente permanecem, o que muda é a forma como tudo isso será apresentado daqui pra frente.


Ao deixar claro que o coração da marca segue intacto, você tranquiliza a base de clientes e mostra que a mudança é um passo à frente, não um rompimento com o passado.


No fim das contas, um rebranding bem-sucedido não acontece apenas nos bastidores ou nas pranchetas dos designers, ele precisa ser vivido e compreendido pelo público. A forma como você conduz essa comunicação pode transformar uma simples mudança visual em um momento de reconexão com os clientes.


Quando bem conduzido, o processo não só preserva a base de consumidores fiéis, como também atrai novos olhares, fortalecendo ainda mais a marca no mercado.

Exemplos de rebrandings bem-sucedidos e lições aprendidas

Falar sobre rebranding na teoria é essencial, mas nada inspira mais do que ver essa transformação acontecendo na prática.


A seguir, destacamos três marcas que passaram por processos marcantes de rebranding e saíram ainda mais fortes no mercado. Cada uma com seus desafios, estratégias e aprendizados valiosos para qualquer marca que esteja considerando essa mudança.

Starbucks: menos palavras, mais propósito

O rebranding da Starbucks é um ótimo exemplo de como simplificar pode ser um ato poderoso. A marca, que já era consolidada no universo do café, percebeu que precisava ir além da bebida para acompanhar os novos comportamentos do consumidor.


Em resposta, removeu as palavras “Starbucks Coffee” do logotipo e fez ajustes visuais sutis, mas significativos, como a mudança da cor preta para o verde, representando maior comprometimento com o meio ambiente.


A identidade visual ficou mais limpa, moderna e aberta a novos significados, uma jogada que preparou o terreno para a diversificação do portfólio de produtos.


No início, houve resistência. Mas, com o tempo, o novo visual e a proposta mais ampla se consolidaram, mostrando como um rebranding pode alinhar imagem, propósito e inovação.

Itaú: tradição que evolui com o tempo

Nem toda mudança precisa ser radical para ser impactante, e o Itaú é um exemplo claro disso. A marca mais valiosa do Brasil passou por um rebranding que reforçou sua conexão com o futuro, sem abandonar sua essência.


A transição do slogan “Feito com você” para “Feito de Futuro” veio acompanhada de um reposicionamento visual e estratégico, refletindo uma instituição mais tecnológica, inclusiva e socialmente conectada.


Além disso, elementos da identidade histórica, como o significado do nome “Itaú” (pedra preta, em tupi-guarani), foram resgatados e aplicados com mais intenção. Isso trouxe consistência à narrativa de marca, enquanto modernizava a comunicação.


A grande lição aqui é que tradição e inovação não são opostos, e o rebranding do Itaú soube provar isso com maestria.

Burberry: da rejeição à referência fashion

A trajetória da Burberry é uma verdadeira aula de reposicionamento. No início dos anos 2000, a marca enfrentava um sério problema de imagem. Seus produtos haviam sido associados a um público marginalizado no Reino Unido, afastando consumidores de alto padrão.


O rebranding veio com uma estratégia ousada: transformar a percepção da marca por meio de novas associações culturais.


Ao trazer Emma Watson como rosto da campanha em 2009, a Burberry não apenas atraiu um público jovem e sofisticado, como reposicionou sua imagem no cenário da moda internacional.


A identidade visual foi refinada, as redes sociais passaram a fazer parte da estratégia e colaborações com influenciadores ajudaram a reconstruir a marca como símbolo de luxo moderno. Resultado? Um aumento expressivo na receita e um novo capítulo de prestígio na história da empresa.

Rebranding como oportunidade de evolução - e não de ruptura

Como vimos ao longo do artigo, o rebranding não é apenas uma resposta às mudanças do mercado, mas também uma poderosa ferramenta estratégica para reposicionar sua marca, renovar conexões com o público e abrir portas para novas possibilidades.


Seja para acompanhar transformações no comportamento do consumidor, modernizar uma identidade visual que já não conversa com a atualidade ou expandir para novos territórios, o rebranding pode ser o impulso que sua marca precisa para crescer com consistência e propósito.


Mas essa jornada não precisa - nem deve - ser trilhada sozinha. O processo de rebranding envolve estratégia, criatividade, sensibilidade e visão de futuro. E é aí que entra a Beeon.


Somos especialistas em construir marcas com significado, estratégia e identidade. Entendemos que cada negócio tem sua história e seu momento, e é com base nisso que ajudamos nossos clientes a encontrarem a melhor forma de evoluir sem perder a essência.


Se você acredita que está na hora da sua marca se reinventar ou se reposicionar no mercado, solicite o seu diagnóstico gratuito com nossa equipe especializada.

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